segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Influenza A (H1N1) - A famosa GRIPE SUÍNA, ainda é motivo de muita preocupação, inclusive no RN



Gripe A mata mais de 6.770 pessoas pelo mundo

Grávidas em Portugal perderam os bebês depois de tomarem a vacina contra a gripe

Segundo os últimos dados publicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, infectou ao menos 503.536 pessoas no mundo.

A doença respiratória aguda, causada pelo vírus Influenza A (H1N1), um novo subtipo do vírus da influenza, se dissemina rapidamente por ser facilmente transmitida. O contágio acontece de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.
Mas com a proximidade do inverno nas regiões temperadas do hemisfério Norte, está havendo um considerável aumento nas taxas de transmissão da doença respiratória na América do Norte, incluindo Estados Unidos, México, Canadá; na Europa Ocidental, principalmente no Reino Unido e Espanha. além do norte da Ásia.

O contrário acontece nos países do hemisfério sul, incluíndo o Brasil, onde houve uma queda drástica de casos por causa da chegada da primavera. A gripe perdeu força nas zonas tropicais da América Latina e da Ásia, com exceção de Peru, Colômbia e Sri Lanka.

No último boletim registrado pela OMS, no dia 20 de novembro, o vírus da gripe suína tinha deixado mais de 6.770 mortos em 206 países e territórios. O continente americano continua sendo o mais atingido com pelo menos 4.806 mortes, seguido pela região Ásia-Pacífico com pelo menos 1.323, e pela Europa com pelo menos 350.

Vacinação não garante imunidade

Os Estados Unidos e alguns países europeus já começaram a vacinação para evitar a proliferação de casos. No último dia 12 a OMS divulgou boletim recomendando pacientes de risco - em especial grávidas e crianças- a tomarem as vacinas antivirais já disponíveis em alguns países. Para garantir imunização nas regiões de risco, a OMS receberá 50 milhões de doses de vacinas contra a gripe suína da farmacêutica GlaxoSmithKline.

As doações, destinadas a 95 países em desenvolvimento, começarão a ser entregues no fim de novembro e devem ser concluídas até maio de 2010. Cidadãos de alguns países como Espanha, Estados Unidos, e do Reino Unido têm vivido uma verdadeira "corrida de vacinação" nos últimos dias para tornarem-se imunes ao vírus.

No entanto, mesmo vacinadas, algumas pessoas morreram com o diagnóstico da gripe H1N1. Segundo a OMS, 40 pessoas morreram na Europa, após serem devidamente vacinadas, até a última quinta-feira (18). Mas as investigações sobre os casos até agora indicam que as fatalidades não estão relacionadas com o tratamento da doença. Segundo a OMS, a vacina contra a pandemia é segura.

- Nenhum novo item de segurança foi identificado a partir dos relatórios divulgados até agora. As notícias até o momento reconfirmam que a vacina da gripe pandêmica é tão segura como a vacina da gripe sazonal, disse Marie-Paule Kieny, especialista em vacinas da OMS, à agência Reuters na quinta (18).

De acordo com Marie-Paule, os governos europeus relataram já ter administrado 65 milhões de doses da vacina, em 16 países. A especialista lembrou da possibilidade de o número real ser maior, já que 40 países estão em campanha de vacinação.

Na China, por exemplo, onde 11 milhões de pessoas foram vacinadas, as autoridades de saúde informaram 15 casos em que houve efeitos colaterais muito fortes e duas mortes pouco depois da vacinação.
No Reino Unido, segundo reportagem do jornal inglês Guardian, publicado na última quinta (19), oficiais de saúde do Reino Unido estimam que houve 55 mil casos da gripe apenas nesta semana, comparados com 64 mil casos na semana passada.

Grávidas perderam bebês depois de tomarem vacina

Em Portugal, estima-se que há cerca de 20 mil novos casos no período de 9 a 15 de novembro. O país também registrou, de sábado até quinta (18), três casos de grávidas que perderam o bebê após serem vacinas contra a gripe H1N1.

A última confirmação foi de uma jovem de 27 anos, grávida de 20 semanas, que recebeu a vacina no início do mês e foi internada na última quarta (18) em um hospital da cidade de Leiria (há 150 km de Lisboa) onde o bebê morreu. Em reportagem do jornal português Diário de Notícias, publicado na última quarta, a Agência Europeia de Medicamentos, responsável pela aprovação de vacinas na Europa, afirmou que ainda é preciso estudar as mortes dos bebês antes de atribuí-las às vacinas.

O Diário de Notícias também citou uma fonte do Ministério da Saúde de Portugal, segundo a qual o país não deverá comprar vacinas sem adjuvante para tratamento da gripe suína. O adjuvante é uma substância que potencializa a resposta do sistema imunológico, permitindo a utilização de menor carga viral por dose aplicada. Países como o Reino Unido, França e Espanha estão oferecendo às grávidas opções de vacinas com adjuvantes, aplicada em apenas uma dose, o que não ocorre em Portugal.

Mesmo assim, ainda não é possível relacionar esse fato com a morte das grávidas. "A preferência pelas vacina sem adjuvante é uma medida de precaução, dado que os estudos em mulheres grávidas não estão concluídos", disse a ministra da Saúde francesa, Roselyne Bachelot, em entrevista ao jornal francês Le Figaro da última quarta (18). Na França, as grávidas são imunizadas exclusivamente com vacinas sem adjuvante.

A vacina utilizada em Portugal foi aprovada pela OMS, inclusive para grávidas. Em nota de esclarecimento, a Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde de Portugal) disse que o adjuvante é utilizado em outras vacinas sem qualquer risco à saúde.

Entre os mais de 20% dos casos positivos de Influenza A em pelo menos 20 países europeus, 50% veem da Espanha, Portugal, Estônia, Eslovênia, Eslováquia, Bósnia Herzegovina, Grécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Bélgica, Islândia e Irlanda

Fonte: Portal r7

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