Pelo menos três em cada dez municípios tinham sua economia dependente, principalmente da administração pública, em 2007. As cidades cuja geração de renda estava ligada de forma mais evidente a este setor eram Uiramutã, em Roraima, onde a atividade respondia por 80,1% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal; e Poço Dantas, na Paraíba, com 70,2%.
O peso da administração pública no PIB nacional é de 13,3%. Em 33,8% dos municípios, esse peso da máquina pública chega a um terço da economia local.
Os dados fazem parte do levantamento Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios, divulgado hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo revela que em Roraima todos os municípios vivem essa realidade e que, no Amapá, apenas um não se enquadrava em tal panorama: Serra do Navio, onde a atividade de mineração tem grande peso.
Por outro lado, no estado do Paraná, nenhuma cidade tem sua economia dependente do setor público em mais de um terço.
Segundo a coordenadora da pesquisa do IBGE, Sheila Zani, esse cenário está ligado ao dinamismo da economia. Ela disse que geralmente cidades muito dependentes têm grande número de aposentados e inativos.
"A pesquisa mostra que nenhuma outra atividade tem um valor adicionado tão grande. No caso do Paraná, a situação é inversa, porque há uma diversificação muito grande da economia. Há municípios especializados em exportação de aves e muitos ligados à indústria e ao transporte, entre outros setores. Por isso, a administração pública perde participação no total da economia”, explicou.
Fonte: Agência Brasil
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