Cauã Reymond sai do dependente químico Danilo, de Passione, para um herói do sertão. Na pele do humilde Jesuíno, de Cordel Encantado, que estreou na última segunda-feira (11/04), às 18 horas na Globo, o ator valoriza justamente essas diferenças na hora de dizer por que aceitou voltar ao ar tão depressa – Passione teve seu último capítulo exibido em 14 de janeiro. "As autoras Duca Rachid e Thelma Guedes me convenceram de que eu era o Jesuíno."
Seu personagem começa pacífico, sem grandes conflitos, mas tudo muda quando o rapaz conhece a sua verdadeira origem. Por toda a vida, acreditou ser filho do coronel Januário Cabral, interpretado por Reginaldo Faria. Mas seus verdadeiros pais – interpretados por Cláudia Ohana e Domingos Montagner, – são cangaceiros e, por segurança, decidem entregar o filho recém-nascido ao coronel até sua maturidade. E voltam para buscá-lo adulto. É nessa fase que Jesuíno assume uma nova postura, inquieta-se diante da verdade e passa a agir como uma espécie de Robin Hood, roubando dos ricos e doando aos pobres. Uma atitude que desperta a repugnância dos cangaceiros. "Nesse momento, nasce a empatia com o público. O personagem ganha mais humanidade", garante.
O livro Cangaceiros, Coiteiros e Volantes, de José Anderson Nascimento, foi um dos recursos usado pelo ator na composição do personagem – a obra fala sobre o cangaço do Nordeste. Durante o processo, Cauã admite que se inspirou também na história de Jesuíno Alves de Melo Calado, o Jesuíno Brilhante, que se tornou chefe dos foras da lei. Suas ações justiceiras eram a favor da gente simples que vivia no semiárido, em 1877. "Jesuíno Brilhante é um pouco Robin Hood, bem parecido com a segunda fase do meu personagem, quando ele se descobre herdeiro do rei do sertão."
Copiado do Blog www.aluisiodutra.zip.net
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