quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Alunos do ensino médio de 450 escolas públicas terão aulas de educação financeira


Dicas simples de como gastar bem o salário ou a mesada, ajudar a organizar as despesas da família e evitar gastos desnecessários são lições que começam a fazer parte da rotina de estudantes de 450 escolas públicas do país.
 
A partir da próxima segunda-feira (9), um projeto piloto de educação financeira, elaborado por órgãos reguladores do sistema e instituições privadas, será aplicado em colégios do ensino médio de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Tocantins, do Ceará, do Distrito Federal e de Minas Gerais
 
A ideia é inserir, nas aulas de português, matemática, sociologia e história, com apoio de material didático específico e um site na internet, informações sobre riscos e vantagens de compras a vista, a prazo, explicar como funciona o juro e como fazer um orçamento.
 
"O conteúdo será um tema transversal nas diferentes disciplinas, não será algo específico do conteúdo de matemática, tampouco uma disciplina a mais", explicou o superintendente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), José Alexandre Vasco.
 
O curso completo será dado a alunos do segundo ano do ensino médio e vai durar um ano e meio. Além das aulas, o projeto inclui a participação dos pais por meio de workshops e da avaliação dos resultados por uma consultoria especializada, com acompanhamento do Banco Mundial (Bird).
 
Somente a etapa de avaliação custará R$ 1 milhão e envolverá mais 450 escolas onde o curso de educação financeira não será aplicado (para fins de comparação), totalizando 900 colégios no projeto - durante apresentação da iniciativa, não foi informado o valor total da iniciativa.
 
Os professores que levarão esse conteúdo para sala de aula participaram de capacitação durante o primeiro semestre do ano e terão suporte para as aulas. Eles são de escolas que já participavam de outros projetos com os organizadores e se candidataram voluntariamente.
 
Aulas de educação financeira fazem parte do currículo escolar de 60 países, entre eles, Holanda, Japão e Estados Unidos. Para o representante do Banco Central no projeto, José Linaldo, as informações vão ajudar a população a não se influenciar pelas armadilhas das propagandas ou do crédito fácil.
 
A próxima etapa do projeto prevê a extensão do curso para o ensino fundamental em 2011. "Estamos elaborando o material didático", contou José Alexandre Vasco.
 
Da Agência Brasil

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