quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Precisamos ficar atentos aos sinais que aparecem na nossa pele


Estamos acostumados com sinais ou pintinhas espalhadas pelo nosso corpo, muitas delas parecem ser inofensivas, e são, porém, algumas merecem uma atenção especial, por apresentarem características de algo mais sério.

O dermatologista Arnóbio Pacheco explica sobre os cuidados que devemos ter com relação aos sinais que podem se tornar um câncer de pele e tira as dúvidas sobre esses “nevos” conhecidos mais popularmente como sinais ou pintas.

Os nevos são formações normais no corpo humano e a presença deles é muito comum nas pessoas, e ainda existem aquelas que apresentam um maior número, mas isso é natural.

Os sinais podem ser planos ou elevados, grandes ou pequenos, podem ter pêlos e sua coloração pode variar de acordo com a cor da pele ou pelas características dos familiares. Eles se manifestam nas primeiras semanas de vida, outros na puberdade ou na adolescência, como explica o Dr. Arnóbio.

Ele ressalta também que o tom mais claro da pele apresenta tendência de maiores números de sinais. Outro fator que contribui é a exposição ao sol. E antes que alguém se pergunte, as sardas são lesões benignas, que não oferecem risco de virar câncer de pele.

È importante ressaltar também que muita gente tem a ideia de que os sinais de nascença são benignos, mas nem sempre isso é verdade. Existem situações que precisamos nos preocupar, alerta Pacheco. “Os sinais que de repente começam a apresentar alguma modificação de forma, tamanho, cor, relevo, ferimento, inflamação ou está apresentando sangramento, merecem uma atenção especial”.

De acordo com Dr. Arnóbio Pacheco, nesses casos a consulta ao médico é imprescindível. O especialista vai usar todos os recursos para identificar a gravidade do nevos. A pessoa que tem histórico de câncer de pele na família é importante que faça uma avaliação com um dermatologista para ter uma definição e uma classificação do nevos.

No exame dermatológico o especialista faz uso de uma lupa que aumenta consideravelmente o tamanho e também utiliza um novo recurso que é a “Dermatoscopia”. Esse método consiste em um exame para definir melhor a natureza de determinados nevos e pra diagnósticos difíceis, usa-se uma lente que aumenta 10 vezes o tamanho da lesão. “Só a experiência do médico, o exame da lupa, dermatoscopia, e uma biópsia de pele (retirada do sinal para estudo e definição histopatológica), podem definir se aquele sinal pode ter se tornado algo mais grave ou um câncer”, complementa.

O câncer de pele pode surgir como um ferimento que não cicatriza, um nódulo ou tumor ou como um sinal que sofre transformação. E um dos grandes problemas é que, apesar desses sintomas, muitas pessoas ignoram. Quando começa a incomodar, aparentemente, a lesão é muita pequena, mas internamente é 3 vezes maior que o diâmetro aparente, o que acarreta uma cirurgia maior e se for um melanoma é alto o risco.

Dr. Arnóbio define alguns tipos de câncer:

Carcinoma Basocelular – tem um comportamento mais moderado e é responsável por 70% dos casos de câncer da pele.

Carcinoma Espinocelular - grau intermediário, corresponde a aproximadamente 20 % dos cânceres de pele.

E tem o tipo muito grave, gravíssimo (5%), que é o Melanoma. Este tem uma evolução muito rápida e às vezes fulminante, o diagnóstico tem que ser muito precoce para que o paciente possa ter sucesso no tratamento.

Outras variedades de várias origens são responsáveis por 5% dos casos.

O câncer da pele tem incidência alta em nível mundial e continua aumentando. O tratamento é cirúrgico e o principal fato desencadeante é o excesso de exposição solar, durante toda a vida, é a radiação ultravioleta UVA, e principalmente UVB, que possuem ação cancerígena e exerce na pele um efeito cumulativo ao longo dos anos, ocasionando alterações mutagênicas e carcinogênicas nas células da epiderme. A maior incidência é depois dos 40 ou 50 anos de idade em decorrência dos danos sofridos desde a infância, exposição solar intensiva e bronzeamentos repetitivos.

Na nossa região temos um grande problema que é o excesso de exposição solar, sem contar que a principal fonte de lazer da população do Nordeste é a praia. Dessa forma, a exposição com pouca roupa permite que a pele sofra muito com a incidência da radiação que fica diretamente na superfície da pele e que além do câncer pode causar também o envelhecimento precoce.

Para concluir, Dr. Arnóbio destaca que muitas pessoas não desenvolveram um nível de consciência com relação à fotoproteção constante. “Esse é o melhor meio de prevenção”. E alerta para a conservação da saúde da pele desde a infância, saber usar corretamente o filtro solar e se proteger com roupas que não deixem a pele tão exposta ao sol, procurar as sombras, principalmente no horário das 10h às 15h.

Fonte: nominuto.com

Nenhum comentário: