O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou nesta segunda-feira a lista dos políticos que estão proibidos de se candidatar por terem as contas irregulares nos últimos oito anos. 4 922 gestores públicos tiveram as contas rejeitadas, em um total de 7 854 condenações – alguns políticos tiveram mais de uma conta ilegal.
A maioria das rejeições é do Maranhão (728), seguido da Bahia (700), do Distrito Federal (614) e de Minas Gerais (575). Santa Catarina foi o estado com menos condenações (86).
O presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, entregou a lista nesta segunda-feira ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski. O TSE irá divulgar o documento para que o Ministério Público Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais tomem as devidas providências.
De acordo com Ubiratan Aguiar, o número de gestores irregulares aumentou este ano em relação às eleições anteriores: “Se sai da vez passada de 3 000 e pouco para quase 5 000 mostra o fruto do trabalho que se ampliou por parte do TCU”.
O ministro espera ainda que os dados ajudem a Justiça eleitoral a tomar as medidas cabíveis: “O pleito vai conseguir expurgar aqueles gestores que praticaram atos que são condenáveis sob todos os aspectos, fazendo com que haja prevalência da ética, da moralidade da coisa pública”.
Lewandowski explicou que a Justiça eleitoral é que decretará a inelegibilidade dos “maus gestores do dinheiro”. Segundo ele, os políticos ficarão inelegíveis mesmo se já tiverem registrado as candidaturas até o prazo previsto no dia 5 de julho. “Se o julgamento for antes, não conseguirão registrar as candidaturas, e se o processo se prolongar para depois do registro, e mesmo depois das eleições, poderão ter também seus diplomas cassados”, observou.
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